Foto:
Clevane Pessoa
Panos pretos de linho fosco
a cobrir um sofrido corpo
outrora formoso
de andar famoso.
Luto por perdas inesperadas
inexprimíveis.
Vazio .
O lado escuro do obscuro anseio
faz derreter o plúmbeo
desespero guardado no seio,
invisível
aos olhares externos,
curiosos, invasivos.
Mas a primavera é cíclica
e as mãos que colheram e carregam as róseas flores
estão mais perto que nunca
de esquecer as dores.
Clevane Pessoa
em outubro de 2010,
Para Neuza Ladeira.,
poeta, aquarelista e mineiramiga.
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